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Comunidade surda recebe homenagens em seu dia

Publicado em 25/09/2009 13h37





O Dia Nacional do Surdo, comemorado hoje (24) em todo o país, foi celebrado em sessão solene na Câmara Legislativa, promovida pelo gabinete da deputada Erika Kokay (PT). A deputada é autora da lei 4.

090/08, que torna obrigatória a presença de tradutores em cursos de preparação para o trânsito sempre que houver alunos surdos matriculados, mas afirmou ser preciso realizar uma campanha para que a norma seja cumprida.  A deputada enfatizou a importância de uma Central de Intérpretes para permitir aos surdos se expressarem em diversas circunstâncias, como a comunicação com órgãos públicos, contato nos hospitais e outras situações viabilizadoras de direitos e necessidades. Erika disse que o Distrito Federal tem cerca de 87 mil pessoas com a deficiência, as quais têm encontrado grandes dificuldades para interagirem com a sociedade.

Todos os oradores que se revezaram na tribuna relataram problemas que vão desde o descumprimento das duas horas diárias de transmissão de tevê com tradutor, determinados pela Anatel, até a falta de incentivo para os atletas da comunidade participarem de eventos desportivos no exterior, pois têm de bancar suas próprias despesas.  Essa foi a queixa de Deborah Dias de Souza, medalhista de judô no campeonato sul-americano, que defendeu a criação do Comitê Olímpico dos Surdos, por entender que essa é uma das formas mais importantes de inserção da categoria na sociedade.

O diretor regional da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos - FENEIS, professor Messias Ramos Costa, criticou veemente as situações enfrentadas pela comunidade na Universidade de Brasília. Um dos três alunos surdos aprovados para mestrado na UnB, Messias viu o pequeno espaço de que dispunham para as atividades da LIBRAS invadido pelo Diretorio Acadêmico da própria universidade!A deputada já marcou encontro com o chefe de gabinete da reitoria da UnB para resolver a questão. Agendou também reunião com o secretário de Esportes do DF na segunda-feira (28), a fim de reivindicar apoio para os atletas surdos, dentre outras medidas de apoio à comunidade surda.


Também participaram das discussões  a presidente da Associação dos Surdos de Brasília, Kátia Regina de Oliveira; o presidente do grupo LGBT de surdos de Brasília, Carlos Augusto; a presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos do DF, Rosa Cipriano; e o diretor do Centro Educacional de Audição e Linguagem (CEAL), padre Giuseppi Rinaldi.


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